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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

, eu te amo.

E se pudessem saber, os outros, todos saberiam que isso não deixa de ser uma vitória. Certa espécie de vitória.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Made to last a while, and roll on
Made to move in style, and move along
Made to dream of flying so high
Made to wake up crying, I don't know why

Beautiful one, sleep in the sun
Secret, sweet, and sublime
I hope you last a long, long time
I hope you last a long, long time

Made to come alone and pair off
Flash like a rolling stone, seventy-one
One-time love affair with the earth
Waiting on the air for some rebirth, for what it's worth

Wherever you are, nearby or far
Black, white, lemon or lime
I hope you last a long, long time
I hope you last a long, long time



***

Porque chorar de alívio eu não me importo não.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Segunda-feira em duas palavras:

Garfield Feelings. Ou, como cumprimentaria José Cláudio nas oficinas de leitura, ODEIOSEGUNDAFEIRA.

Tá, eu não odeeeeeio segunda mais que outros dias úteis, mas hoje tudo deu meio errado, desde fila de ônibus à bateria do celular. Em suma: gostei do esmalte que resolvi usar hoje, mas sinto uma dor desaforada nas panturrilhas e algo desconfortavelmente parecido com saudade - os abraços não parecem ter sido suficientes e eu não gosto dessa aflição.
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E pra não perder o costume, citaçãozinha do Caio:

Hoje me senti perdido. Queria consultar búzios, runas, pai, mãe, de santo ou não, qualquer coisa que me APONTASSE O RUMO, caralho. Estou com Netuno exatamente conjunto à Lua Natal e oposto MC. Vai passar, você diz. E eu penso, certo, e logo-logo vem Urano... Ontem pensei: relaxe, mesmo que você não queira ou fique exausto, este é um momento em que o DESTINO manda. Deixe-se levar. Well, estou tentando.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Aberto

Vou tentar manter o coração aberto pra você,
Apesar dos outros,
Apesar dos medos,
Apesar dos monstros nos meus pesadelos

Vou tentar manter o coração aberto pra você,
Apesar dos trincos,
Apesar dos trancos,
Apesar dos dias repetidos que são tantos

Eu vou tentar manter o coração aberto pra você,
Apesar da chuva,
Apesar da rua,
Apesar da hora,
Apesar dos pesares, das canções, dos lugares,
Apesar dos meus pensamentos, dos perigos, dos próximos momentos


Eu de coração aberto pra você,
de coração aberto pra você...


    

Não que eu precise mesmo tentar, claro. Porque essa canção já foi trilha sonora de imensa dor, mas a partir de hoje tem um novo - e bom - significado pra mim. 

Trechinhos de Martha Medeiros

[ou pelo menos assim diz o facebook], sobre quem tenho ainda muito a falar, considerando o livro Fora de Mim, mas não é agora...

***

Faz de Conta
(...)

Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: FAZ DE CONTA QUE EU DOU CONTA DO RECADO.

Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO QUERO.

Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto:FAZ DE CONTA QUE EU ME IMPORTO.

Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: FAZ DE CONTA QUE EU NÃO SOFRO.

Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: FAZ DE CONTA QUE EU ENTENDO.

Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos mas parece zerinho: FAZ DE CONTA QUE EU COZINHO.

Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy: FAZ DE CONTA QUE NÃO DÓI.

***

É isso, por enquanto. A diferença é que não tem mais faz de conta, só não dói mesmo.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ou então leia algo pra me ninar

Que seja doce
Uma breve história
Quero ouvir tua voz
Antes de te deixar...

***

Ou qualquer outra coisa parecida e cantada pela Érika Martins... 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Bem que o horóscopo avisou

Veja bem, antes de tudo acho mister esclarecer que nunca fui supersticiosa ferrenha, apenas não tenho problemas em eventualmente me distrair com trivialidades do gênero, que pra mim no fundo dizem sempre o mesmo a todos os signos: faça a sua parte, não estrangule ninguém e no final do dia você dormirá em paz. Portanto nada de extraordinário acontecia na quinta-feira comum em que, num curto ócio entre um email de trabalho e outro, desviei minha atenção ao que ‘o universo reservava para os cancerianos’ às vésperas do fim de semana. 

Categoricamente, o(a) astrólogo(a) responsável pela página afirmava que, naquele dia, o passado voltaria pra me assombrar. Eu simplesmente retomei meu trabalho, que não era pouco, e esqueci completamente o blá blá blá que servia para os nascidos em qualquer época do ano. Mas então meu ceticismo foi posto a prova. No caminho de volta do trabalho, o passado em pessoa e encarou no fundo dos olhos. 

Sabe o que eu fiz? 

Eu GARGALHEI na cara do passado e fui pra casa, tomar um banho morno de meia hora e depois ouvir Frank Sinatra enquanto hidratava cada centímetro cúbico da minha pele. Fim.

***

Achei numas pastas esquecidas, coisa do ano passado ainda. E é bom reler e descobrir que algumas coisas ficaram bem pra trás: o futuro não é mais como era antigamente, quem foi mesmo que disse isso? tanto faz, por agora.

Aliás, depois de encontrar esse e mais alguns escritos, até meu eventual 'pânico' parece ter passado: ao constatar o medo de errar com as pessoas certas, eu lembro que não é porque eu quero que tem que ser agora, então, por não dizer respeito apenas a mim, eu posso perfeitamente esperar a hora certa...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Vicky Cristina Barcelona

Woody Allen não se adivinha, a gente só espera pelo que ele nos reservou. E enquanto isso vai curtindo o texto. No início de Vicky Cristina Barcelona eu me identifiquei com a Vicky, mas antes da metade, além da voz e do cabelo da Scarlet Johansson, eu já queria mudar meu nome pra Cristina. 

Contudo, ao contrário de Before Sunset, que é o filme que eu queria ter vivido, Vicky Cristina Barcelona é o que eu queria ter escrito, o que, não me pergunte como, não o transforma necessariamente em meu Allen favorito. 

Porque eu não entendo de cinema, portanto posso falar apenas das impressões que um filme me causa, e consequentemente sempre com algum muito juízo de valor. E assim eu sempre acabo ‘analogando’ filmes do Woody Allen com a vida em geral: um amontoado de fatos majoritariamente não previstos, eventualmente beirando o absurdo, que resultam num final inesperado com gosto de vários ‘mas e se...’
Fiquei feliz em poder sentir tua falta - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. (...) Preciso saber que tu está bem, se respira, se comeu ou tomou banho - com o calor que está fazendo neste verão, tome pelo menos uns três ao dia, e pense em mim, estou com calor também. Me faz bem pensar nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo. Ah, e eu estou te esperando, com meu vestido curto, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti.

***

Caio Fernando sempre elucida algumas questões, como essas que surgem no meio da madrugada, essas encruzilhadas que me mostram o velho caminho de sempre, da paranóia e montanha russa o tempo todo, ou essa tranquilidade inédita que ainda persiste enquanto meu velho self às vezes dá sinal de vida. Ela há de vencer, dessa vez eu sinto que a serenidade é a parte maior de mim, tomando conta, administrando, vencendo a inércia que por ventura nos acometa, fazendo tudo natural e simples, fácil e indolor.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

De que adianta você saber o quanto eu sinto?

Minha dor vai ser mais problema que solução
por fora eu disfarço o quanto eu ando aflito
de só ter pra te dar meu tempo e minha inútil compaixão
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Nem oração, nem poemas
Nem música, nem televisão
Nem sentir raiva, nem pena
Não adianta fugir, nem segurar sua mão

***

Leoni me entende, Martha me disseca mas o choro fica todo por minha conta mesmo. Chorar e secar.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Beca, faixa lilás e capelo me encaram da outra ponta do sofá. Tá chegando.
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Eu fico nervosa mas confesso que nem sei bem porque, óbvio que cada uma vai fazer sua burradinha só pra ter história pra contar, que se correr tudo 100% ninguém lembra nem metade depois. Talvez meu nervosismo seja porque esse é o último marco, o rompimento definitivo com a rotina dos últimos quatro anos. E, quem me conhece sabe, eu não lido bem com mudanças bruscas/grandiosas demais.

Entretanto, eu tenho lidado sim razoavelmente bem com mudanças em etapas, um dia de cada vez, cada dia uma neurose a menos. E tem sido bom. De pouco em pouco, sem pressa, sem pressão. A passo de formiga, mas com alguma vontade, suficiente pra fazer acontecer e valer a pena.

[Tudo clichê, bem como escrever sonolenta.]

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Não vou admitir nada até ter certeza

Porque enquanto Kelly Jones se esgoela repetidamente só pra mim eu tô cos nelvo  em frangalhos, essa formatura tá me virando do avesso e aí eu preciso de mais martini, ou mais stella, ou simplesmente acordar pra vida e deixar de ser maluca e não pirar com ninharia. Eu ando cada vez mais míope e agora tenho medo de estar enxergando o que não existe e/ou deixar passar algo que deveria muito notar e mais ainda agir sobre.
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Alguém me sequestra pra Porto Alegre mais cedo, please.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Uma vez eu assisti, no ceart, uma peça que se chamava 'alguma coisa partiu-se dentro dele'. Da peça não lembro muito, confesso que gostar também foi difícil, mas uma coisa me marcou: o nome. E em vários momentos da minha vida algo me fez pensar nesse título, ainda que majoritariamente aplicado a mim. E hoje eu lembro de novo, porque senti isso de forma positiva depois de muito tempo: partiram-se várias coisas.

Um gelo, uma lembrança, um medo, uma alforria. Eu senti que se partiu o que já parecia sem conserto, e fica a tranquila sensação que daqui em diante não depende só de mim para que algumas coisas partidas tempo atrás sejam remendadas da melhor forma possível e voltem a brilhar em sua forma plena.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Embora nem sempre me ouvissem, falava assim mesmo

Por que gosto de pensar que vou sempre ter olhos para gostar dessas coisas, e por mais triste que eu esteja vou ter sempre esse olhar sobre as coisas.
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Caio F. sempre conforta, mesmo quando enfia o dedo na ferida.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Snapshot insone

fabricio diz (02:58)
Acredite no amor, querida
ele só precisa disso.

Nayana diz (02:59)
a merda é que eu preciso de mais...


***

Tá bom que ele só me usa pra ganhar elogio pelos textos sensacionais, mas enfim... prometo que um dia, entre uma descoberta musical e outra, eu volto a acreditar.