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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Alegria, Alegria

Li agora há pouco um artigo na Obvious em que uma parte casou com o que eu vinha pensando no caminho do almoço para o trabalho: "Refletir sempre vai resultar em dor e descontentamento. Quem pensa, se dá conta de que muita coisa na vida não tem sentido nenhum e pensar mais e mais pode só aumentar a agonia."Aí eu mudei de ideia sobre nascer homem na próxima encarnação. Quero vir uma samambaia mesmo.  Ou um poste de concreto.

Mas no fim, quem garante que essas coisas não estejam ponderando sobre exatamente os mesmos descontentamentos -vamos chamar assim, pra ser politicamente correto-, e eu, humana prepotente que sou, aqui achando que a pobre samambaia, quando sem água, ou o poste, o tempo todo correndo o risco de ser atingido por um carro, não sofrem a mesma dor que me dá quando eu olho ao redor e pra dentro e não vejo as soluções que preciso?

E quem garante que, achando essas soluções, meu cérebro cretino não vai encontrar novas agonias pra continuar me ocupando e distraindo do que importa de verdade e do que eu deveria cuidar direito?
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Hora de voltar pra terapia, Nayana. 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

De quando alemão Gessinger entende

Às vezes parece que eu não tenho medo
Às vezes parece que eu não tenho dúvidas
Às vezes parece que eu não tenho
Nenhuma razão pra chorar
Você esquece que eu não sou de ferro
(Até o ferro pode enferrujar)
Você esquece que eu não sou de aço
E faço questão de provar:
"Olhe pra mim.... enquanto eu me quebro"
Às vezes parece que eu tenho muito medo
Às vezes parece que eu só tenho dúvidas
Às vezes parece que eu não tenho
Nenhuma chance de escapar
Acontece que eu não nasci ontem
(Até hoje sempre escapei com vida)
Pra quem duvida de tudo que eu faço
Eu faço questão de mostrar:
"Olhe pra mim.. enquanto... desapareço no ar"
Não queira estar no meu lugar
Não queira estar em lugar nenhum
Às vezes tudo muda
E continua tudo no mesmo lugar
Não queira estar no meu lugar
Não queira estar em lugar nenhum (UM LUGAR COMUM)
Às vezes uma prece ajuda
Às vezes nem adianta rezar
Já desisti de ser uma pessoa só
Já desisti de ser uma multidão
Já não ponho todas as fichas na mesa
Agora ... jogo algumas no chão
Jogo algumas no chão
Às vezes tudo, às vezes nada
Às vezes tudo ou nada, às vezes 50%
Às vezes a todo momento, às vezes nunca
Como tudo na vida, não é sempre
Às vezes de bem com a vida, às vezes de mau humor
Às vezes sem saída, às vezes seja onde for
Não é sempre, não é sempre
Como tudo na vida... nunca é sempre
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[faixa 13. Várias Variáveis. 1991].

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Status: se sentindo gaga de ódio

Gaga mesmo, gente, não gagá. Ainda sei escrever, olha só. E hoje, particularmente, me sentindo um pentelhésimo acima da media, mals aê. Tenho total consciência da distância astronômica que me separa de um nobel em matemática, mas só de ter noções básicas de geometria bem esclarecidas, ó, já me destaca de uns e outras por aí, cês nem sabem.

Porque claro que no fundo, bem no fundo, abaixo da imensa camada de burrice espessa e maior que a camada adiposa que a compõem, a pessoa deve ter um resquício de instinto primitivo de sobrevivência que alerta fracamente "é uma cilada, Bina!". Mas a pessoa dá ouvidos ao instinto? não. E por que não dá ouvidos? porque possui uma infinita camada gelatinosa, espessa e intransponível de burrice, oras. 

não é maravilhoso esse negócio de pensar um pouquinho? no fim tudo tem uma explicação... 
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P.S.: Atitude Pollyana da situação: que a minha gordura seja sinal da excesso de inteligência. Ou no mínimo baixo nível de estupidez, amém.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Snapshot sonhador

Nayana: ai, lembra quando era só subir no cavalo, depois pegar um barco, e assentar acampamento? tão mais fácil...
Guilherme: uhahuauhauhhua né?
Nayana: é :~~
Guilherme: mas ia ser foda ir pra nova Zelândia desse jeito... ;x
Nayana: é... mas não precisaria de visto nem de milhões de reais...:s
Guilherme: mas eu ia ter que saber caçar huahuahuhuauh
Nayana: hauhauhauhauhauahuahauhauhauhauhauahuahaua <3

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

aquela sensação ~gostosa~

de tiro passando longe até da culatra, quem nunca?

Mas eu tô cansada demais pra continuar remando contra uma maré tão maior e mais forte que eu. Só hoje, que se dane. Simplesmente me rendo ao mundo, é só me dizer o que fazer, eu faço, bem macaquinha adestrada, sem precisar de muito penso, como dizia Lurdinha lá na longínqua 4ª fase de Biblioteconomia.

Reforçada a sensação de lugar e, porque não, tempo errados, eu me pergunto até que ponto vale a pena insistir em me afirmar e destacar e tantos outros verbos de primeira conjugação no infinitivo que o povo mal sabe como se conjuga, muito menos o significado que podem ter pra uma pessoa que sofre por simplesmente querer as coisas minimamente bem feitas. 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

talvez a tremedeira seja do frio, cê já considerou isso? tá friozinho, então quem sabe nem tudo isso seja a fúria avassaladora e explosiva que você visualiza internamente [ok, internamente, não há como negar que você parece sim um vulcão enfurecido e destruidor].
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mas é a vida, né? pessoas são... pessoas. e sempre serão... pessoas.

a parte boa é que você fiiiiinalmente, depois de umas 3 semanas, parou de ouvir a mesma banda. ainda que pra voltar a ouvir o mesmo mantra de antes, 37 vezes sem parar, até a passiflora bater, mas parou.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Pride, like promises, can let you down

You thought that you'd be feeling
Better by now
And you worry all the things they could do to you
And you worry about the things they could say
Maybe you're seeing things the wrong way...
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Quem precisa de terapia quando existe o Rob Thomas? <3




[tradução aqui]

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Daí cê chega em casa, espumando de raiva, e em plena segunda-feira uma pessoa 6 anos mais nova te pergunta "será que você não tá vendo coisa demais não?".

E aí você reflete de novo e concorda. E mais 78 segundos depois percebe que o seu conceito de 'ver demais' pode ser diferente do que a outra pessoa tinha em mente. Afinal, ver além do que a maioria parece ver [e que é o de que você jura ser capaz], pode sim ser interpretado como "ver demais". E meu deus, como isso cansa.

Você vê, como um daqueles trigêmeos do Minority Report: as possibilidades, borradas, e antes que se dê conta de que são apenas malditos borrões, constroi a tragédia toda - e como se não tivesse nada mais urgente pra fazer, constroi também o rastro dela, e assim sem nem sair da cama você é capaz de experienciar toda a moleza nas pernas que te acometeria se essa merda toda realmente se concretizasse.

Aí, vem duas opções: a) botar pra fora correndo o risco de catalisar o ~processo~; b)esperar pra falar "eu avisei"; c) baixar a discografia do Matchbox 20, tomar um banho e engolir o choro.
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Ou só baixar a discografia do Matchbox 20 e tomar um banho, já que quando você jurou que nunca mais abriria a boca por uma merda dessas, não se falou nada sobre engolir o choro.

Snapshot internacional

Cena: aula de conversação.

Nayana, para Maureen: poutz, como é mesmo que se diz "sonsa" em inglês?
Letícia (com toda a certeza do mundo!): Kirsten Stewart.
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Falta só aprender a gostar de friends pra me matar de orgulho, essa menina!

terça-feira, 30 de julho de 2013

Oito dicas de escrita de Neil Gaiman

#1. Escreva.

#2 Escreva uma palavra depois da outra. Encontre a palavra certa, escreva-a. 

#3. Termine o que você está escrevendo. Faça o que for preciso para terminar, e termine. 

#4. Coloque o texto de lado. Leia fingindo que você nunca leu antes. Mostre-o a amigos cuja opinião você respeita e que gostem daquele tipo de coisa. 

#5. Lembre-se: quando as pessoas dizem que algo está errado ou não funciona para elas, estão quase sempre certas. Quando dizem exatamente o que você está fazendo de errado e como corrigir, estão quase sempre erradas. 

#6. Corrija. Lembre que, mais cedo ou mais tarde, antes que o texto fique perfeito, você precisa seguir em frente e começar a escrever a próxima coisa. Perfeição é como perseguir o horizonte. Continue escrevendo. 

#7. Ria de suas próprias piadas. 

#8. A principal regra da escrita é que, se escrever com segurança e confiança suficientes, você pode fazer o que quiser. (Essa pode ser uma regra para a vida, assim como para a escrita.) Então, escreva a sua história como ela precisa ser escrita. Escreva-a com honestidade e conte-a da melhor forma que você puder. Eu não sei com certeza se existem outras regras. Pelo menos, não as que importem… 



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A #7 eu já sigo à risca faz anos; falta agora disciplina e parcimônia pras outras 6...