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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

sábado, 29 de dezembro de 2007











Desvio de rota é tão normal
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no mundo concreto ou virtual
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de um jeito desigual
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Quem sabe um dia, então, por um acaso.

Antes Tarde Do Que Mais Tarde

28 de dezembro de 2007. Ontem, dia 27, só depois de estar na rua lembrei que havia prometido não mais sair de casa nessa data, por motivos na verdade insignificantes. Uma implicância de estimação minha, mas já passou. Voltei ‘ilesa’ e feliz com a sandália que papai me deu. =)

Mas tá, não era disso que eu queria falar. Comentei a data apenas para ressaltar o fim de mais um ano. Faz dias que eu ensaio um balanço, uma ‘retrospectiva’ a compartilhar com eventuais desocupados que por acaso esbarrem neste blog. Prontos?

Em uma frase, tentar resumir meu 2007 gera uma pergunta: por que demorou taaanto pra acabar, afinal? Gente, que ano mais out of the little house! Olha que eu nunca fui a nenhum parque de diversões [desfaz já a cara de ‘meu deus, ela é um E.T.’], mas acho que tive uma idéia do que seria passar 365 dias numa montanha russa.

Aprendi na marra que nem sempre as pessoas merecem nossa dedicação, nunca mais que eu tiro a bola de cristal da tomada quando souber quão certa ela pode estar. Também não confio novamente em horário divulgado meses antes dos compromissos, mesmo; Foi o ano em que mais perdi a linha, e muito sono também.

Foi um ano quase sem o Nenhum de Nós, mas tão literário, e tão cinematográfico... Gratificante, extenuante, ‘o inferno e o céu’; Muita aula, muito trabalho, abandonei alguns vícios, adquiri outros [chá de hortelã, croissant de frango, livros³, guaraná power]... Vários sustos, saudades imensuráveis.

Libertei-me de fantasmas, fiz o que devia – mas também o que não queria, abusei da boa vontade de quem não merecia, também dos que nem precisavam me apoiar tanto, mas que dois meses depois ou varou a meia noite comigo num dos melhores shows que já assistimos, ou me aturou mais um pouco quando ninguém mais entendeu o que eu escrevia.

Eu perdi quatro brincos em 2007, assim não dá! Mas n’uma segunda feira qualquer eu estive no lugar certo na hora certa, e nunca uma véspera de feriado da Proclamação da República foi tão memorável, ainda que tenha sido o novembro mais alucinante que vivi até agora; pesadelos, crises de pânico, telefonemas além da meia noite; Ah, e me tornei uma covarde de primeira categoria, já fui mais merecedora dos méritos a mim atribuídos.

Eu suspeitei de várias doenças, me decepcionei mais que de costume, chorei fundo como quando criança levada; Me entupi de remédio, de música, de poesia; Me apaixonei loucamente, renunciei a mim mesma e sobrevivi; Descobri pessoas desprezíveis, de fato, mas tantas outras incríveis, várias essenciais, algumas indiscutivelmente necessárias. Atrevo-me a alguns nomes: Ju Ventura, Ju Martins, Nira, Guilherme, Aline, Rita, Daniele, Daniela Yanno, José Cláudio, Lani, Cláudia, Sérgio; Porque no fim das contas a vida é feita da soma da gente que a gente encontra pelo caminho, mais precisamente do que essa gente desperta em nós.

Aos fiéis escudeiros, Carol, Débora, Rogério, Fernando: acabou. Que 2008 lave [e leve] o ruim de 2007 e reforce o que houve de bom, em dobro, triplo, o quanto nós acharmos que merecemos, porque nós merecemos sim muito mais do que murmurar ao longo dos meses ‘tem piedade, ó Satã, da minha atroz miséria’*.

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*BAUDELAIRE, Charles. As litanias de satã. In: ________ . As flores do mal. trad. Ivan Junqueira. São Paulo: Nova Fronteira, 1990. p. 423.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Acho que só não escrevo mais porque não sei escrever simples. Absolutamente todos os dias me ocorrem grandes frases – bons amontoados de palavras, ao menos –, mas nem assim eu consigo transferi-las ordenadamente pro papel, cruas do jeito que nasceram. Da mesma forma que todo santo dia, em cada curva da estrada, eu tenho a nítida certeza de que VAI bater, ou que na próxima descida o freio NÃO VAI agüentar; Ainda assim, nunca bate, ou o freio dá conta, e eu sempre chego ilesa.


Não, não é uma tendência suicida mal reprimida, eu ainda quero, uma vez que seja, escrever – uma página ao menos – sem olhar no dicionário. E dane-se que um assunto não tem nada a ver com o outro, em mim nada se separa. É tudo um bolo só: angústia, saudade, contentamento, tristeza, serenidade, indignação e impaciência.


Eu tenho é vontade de quebrar todos os relógios do mundo, trapacear o tempo, pra nunca mais me sentir impotente ante a algo que ninguém sequer vê. Tempo é só um negócio que a gente sente: na pele, nas articulações, nas veias congestionadas, nos lapsos de memória. É simplesmente revoltante o fato de a minha vida – a de todo mundo, na verdade – ser regida por esse monstro abstrato e covarde, que ataca pelas costas e sempre foge, sem nos dar a mínima oportunidade de capturá-lo.


Foi esse bandido quem desfigurou minha caligrafia, inclusive. E foi também ele quem, ao seu longo, me fez cética, descrente, descoordenada, desmemoriada. Quase insana, afirmam fontes fidedignas [ok, o ‘quase’ foi por minha conta. Alguém nessa história deve se pronunciar em minha defesa, afinal]. Não bastasse isso, teve a audácia de me amolecer, pois eu já fui sim muito mais cruel com os seres humanos do que sou hoje; Roubou meu sono, consequentemente também minha saúde, minha paciência, e acho que tudo isso apenas pra eu nem sentir quando ele por fim me tomar a vida.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Da Série "Pseudo Poesias"

E quando o lirismo acabar?
E quando as flores murcharem?
E quando dezembro chegar?
E se os bons momentos findarem?

Eu meço, cogito, pondero
Estudo, analiso, espero
Quero, desejo, eu desisto!
Eu choro, lamento e insisto

Sigo buscando o infalível
Ensaiando o golpe certeiro
Exercito meu auto controle
E me rendo ao indefinível

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Da Crença Na Inevitabilidade

Não, jamais alguém poderá entender isso que cuido preservar em mim, essa espécie de irremediavelmente espontânea atração pelo meio-estranho-que-às-vezes-até-parece-só.

Ninguém além de mim precisa saber que não cogito em vão, tampouco carecem suspeitar do aparente propósito futuro de passados encontros casuais.

Nada mais preciso que não tempo, para transmutar acaso em planejadas coincidências, sutis como as faíscas dos olhares que finalmente maculam o silêncio de alguns anos.


Na verdade,
Sequer nos conhecemos.
Apenas nos sabemos
Há tempos, dividindo
O céu e o asfalto
Da mesma imensa cidade
Separados por duas vidas
Regidas pelo acaso.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Do Que Calam As Bocas

Perto dele ela se sentia uma ampola ambulante de serotonina, longe não tinha certeza de que ele soubesse o que deixou quando partiu. Ela ouvia mil vezes a mesma música e queria dizer que se encantava com as coisas mais simples, mas ao pensar no tempo decorrido recolhia as palavras, maldizendo a inaptidão para prever reações e desejando que ele tomasse a iniciativa. Sim, mil vezes sim, ela adoraria mergulhar de cabeça, compartilhar planos e sonhos, deixaria até que ele tentasse convencê-la a ouvir outra música. Tudo e qualquer coisa para nunca mais ficar longe daquela paz que ele emana no abraço, do beijo que incendeia nem da voz que faz tremer.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Apenas Mais Um Recado

E se ele perguntar se estou zangada
Por favor, avisem-no
A irritação gratuita é pra distrair da saudade
Não, eu não esqueço nem por um minuto
Ninguém notou a mágoa mal disfarçada?
Há um pesar que dissimulo em cada gesto
Pra reservar as lágrimas aos travesseiros

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Apnéia

Eu queria conseguir te dizer que tudo que eu faço escrevo e digo eu faço escrevo e digo pensando em você, mas eu não consigo dizer nada sem te ver bem na minha frente e a distancia sempre dificulta tudo na minha vida, mas mesmo que estivesses do meu lado eu provavelmente não diria porque tenho medo muito medo de você me olhar e dizer que talvez eu só esteja confundindo as coisas, mas eu sei bem de mim e do que se passa eu só não sei verbalizar de um jeito que todo mundo entenda e por isso eu fico parecendo meio maluca mas não é loucura, é só minha imensa comum e interminável vontade de ser feliz como todo mundo também quer que eu sei, e não é querer demais, é? Já é mais de meia noite e eu deveria estar na cama mas não estou, e mesmo que estivesse não adianta tentar dormir mas mesmo na cama eu estaria com papel e caneta na mão escrevendo tudo isso que você não sei por que não lê e talvez nem saiba que eu escrevo. Eu não estou apaixonada de forma alguma não é isso é só que eu gosto muito de você, como na musica sem gostar da chuva no sapato também não gosto de ser eu a triste mas eu gosto muito de você mesmo sabendo que talvez não adianta muita coisa. Mas não é por ser em vão que não me pesa então se for pesar que pese muito e que seja sentido quem sabe até chorado como se fosse mesmo um grande amor daqueles que arrebatam e tiram a fome e o sono. E se não for perda de tempo que dure um mês e meio ou o resto da vida e que seja forte pra curar as minhas dores todas e te fazer feliz como você nunca foi com outro alguém e que me ensine a ser forte por dois pra agüentar o que quer que venha contra a nossa vontade que parecer ser só minha mas se fosse também sua eu ficava tão feliz.

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Nota: Devido ao esgotamento imaginativo que acometeu a pobre aspirante a escritora, esse texto foi batizado pela Nira. ;)

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Da Espera e Outros Demônios*

Quero. Tão verdadeiramente, eu quero, e quero tanto que meu querer disputa espaço com já experimentados medos, defende a tapas seu canto dentro – e fora - de mim.

O primo temor é de não realizar meu desejo de completar-te, temo não te bastar, não te ser suficiente quando o que mais quero é suprir-te da necessidade de outrem. O receio seguinte é de querer-te em vão, pueril receio de não haver motivo para minha longa espera. De Frank Sinatra a Chico Buarque, do pôr-do-sol ao bar no caminho de casa, também o que não te atrai, ruídos que me chegam, cheiros que me alcançam, coisas que vislumbro, tudo me remete à essa ânsia de que retornes.

Há também o medo de ser interpelada por qualquer impedimento possível, por mínimo que seja, talvez até desconsiderável, mas ainda assim um obstáculo a interpor-se frente a meus, quem sabe nossos planos, se deveras existem e os compartilhas em igual – quisera eu maior – ansiedade. E me espreita também um derradeiro terror de não saber esconder devidamente o que me enreda, seja lá o que for isso que atormenta meu sono e minha fome. Ou deveria eu escancarar isso que pareço sentir? Lançar-me aos que não entendem, implorando julgamento e punição pelo que não fiz?

Dar-me-ia por satisfeita saber o que fazer com esse ensaio de sentimento que me devasta.


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* O título faz referência ao romance 'Do Amor e Outros Demônios', de Gabriel Garcia Márquez. A quem interessar possa: GARCIA MARQUEZ, Gabriel. Do amor e outros demônios. 9. ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. 221p. ISBN 8501042285 (broch.)

domingo, 30 de setembro de 2007

Sobre As Coisas Que Se Sabe

Quase fim de tarde, mas parece madrugada
E as velhas certezas me assaltam
Ao som de Beethoven e
à lembrança do Cazuza
Abrir cortinas, escancarar janelas
Pra no fim só dar de cara com uma chuva chata
Que insiste em cair
Eu queria sonhar, mas não consegui dormir
Discos, bruxas, perfumes
A paisagem não muda
Livros, roupas, incensos
Isso não vai mudar nunca
Eternamente dependente
De qualquer coisa que ajude a sobreviver
Já sei o que me espera
Tudo o que o destino me reserva
Mas mesmo assim pago pra ver
Que estava certa,
No fim os fins são sempre os mesmos
Vento frio, neblina ao longe
Um horizonte tão distante de alcançar
Ainda que eu me esforce
Os medos não vão mudar.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Fragmento Em Primeira Pessoa

Sei que já não há motivos pra escrever... Mas às vezes ninguém sufoca inteiramente as palavras que restam, porque sempre restam palavras. Felizmente pra você, não despejarei aqui todos os impropérios que vez por outra me ocorreram, aqui encontras nada mais que divagações aleatórias, numa vã tentativa de coisa nenhuma.


Reconheço nesse instante o quanto errei... Havia uma imensa preocupação minha em manter tudo entre apenas dois corpos, só não percebi que te excluía também, junto com os outros tu foste privado de aturar uma felicidade que ninguém nunca soube a medida. Isso porque ninguém nunca vai entender porque te amei, porque sempre fiz tanta questão de você. Ao contrário de qualquer amor de antes, eu não queria dividi-lo com mais ninguém além de ti, mas acabei esquecendo de contar isso à única outra parte que interessava.


Desculpas? Peço-as agora. Por ter sido insana vezenquando, por não saber esconder o que eu senti, por ter pensado mais em você que em mim, por não ter gritado quando tudo latejava, por não ter corrido mais, por não ter sido quem eu pretendia ser pra você - porque no fundo eu pretendia era não te perder pela enésima vez. Por ser repetitiva. Por não saber o que fazer com o desconfortável vazio que ficou quando partiste.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Receita de Um Dia Bom

Desde muito cedo, sequer dirija a palavra a quem não percebe se você ainda respira. Assim pode-se manter o humor pra almoçar com aquela amiga insuportavelmente preguiçosa, mas que te proporciona boas risadas entre ótimas reflexões acerca do cotidiano que as rodeia.

Pela tarde, trabalhe em silêncio, concentre-se no que há pra fazer – parece que o tempo até passa mais rápido. Quando você menos espera é hora de ir embora, mas não para casa: há alguém a sua espera no cinema. Ou indo ao seu encontro, afinal atrasos acontecem, mas isso já não é tão relevante quando você adentra no shopping e dá de cara com a exibição em DVD de um show da sua banda favorita.

Deixe outra pessoa escolher o filme, então compre um chocolate maravilhoso e aproveite uma hora e meia imersa num abraço melhor ainda. Depois disso, converse com alguém muito legal, enquanto afunda num sofá di-vi-no e abraça alguém tão confortável quanto.

Visite sua livraria favorita, nem que seja para apenas namorar aqueles títulos que mais sonha ver na prateleira do quarto. No caminho para casa, desligue o mp3 player e ouça o violino que alguém toca no fundo do ônibus, certamente Vivaldi fará bem aos seus ouvidos. Chegando finalmente ao lar, ouça as músicas de que lembrou no caminho.

Quando deitar na cama preste atenção ao barulho da chuva no telhado, encolha-se entre as cobertas e, importantíssimo, não esqueça de agradecer pelo [aparentemente, ao menos] bom texto que um ótimo dia lhe rendeu.

domingo, 16 de setembro de 2007

Não Vai Dar Tempo...

De ouvir tudo do Cazuza, do Chico Buarque, dos Engenheiros do Hawaii, dos Rolling Stones, do Red Hot Chili Peppers, quiçá os 15 GB de música no meu computador. Nem de assistir 17 shows dos titãs, mais [no mínimo] uns 22 do Nenhum de nós, ao menos um [unzinho que seja!] do Garbage, mais alguns do Capital inicial. É bem provável que eu morra sem chegar perto do Axl Rose, assim como do Mike Patton, e pelo Renato Russo só me resta chorar.

Eu ainda pretendo ler toda a obra da Lya Luft, do Caio Fernando Abreu, do Luis Fernando Veríssimo, do pai dele também, do Lee Child e ainda os clássicos indispensáveis pra qualquer ser humano, mas se conseguir os quatro primeiros livros da Martha Medeiros já é muito, porque talvez eu não tenha tempo de completar minha coleção. Os livros que comprei nas férias, será que eu consigo? Se ao menos eu encontrasse todos do Arquivo X...

Ah, ainda falta conhecer Itália, Alemanha, Reino Unido, Austrália, Holanda, Finlândia, Grécia e Canadá, não necessariamente nessa mesma ordem. Mas se não tenho tempo pra ir até são José, imagina cruzar o atlântico. Nem no Beto Carreiro World eu fui, como é que vou sonhar com a Disney? Visitar minha família no Paraná dentro dos próximos dois anos será uma vitória e tanto.

Por aqui, quero aprender a tocar violão, guitarra e baixo, a cantar, a costurar, a cozinhar, a falar italiano, aperfeiçoar meu inglês enferrujado, dançar mais e mais e mais, voltar pro alongamento e ler todos os textos indicados pelos professores. Assim que inventarem um dia com 38 horas eu vou cursar Filosofia – junto com o mestrado em História da Arte, lógico, pra depois ir pra Porto Alegre estudar comunicação social e me habilitar em jornalismo e então trabalhar no que mais amo.

Assim quem sabe eu terei minha casa e meu new beatle roxo pra, quando me der na veneta, poder encontrar as pessoas que me fazem bem mas com as quais nunca passo o tempo necessário, seja pra por a fofoca em dia, seja pra filosofar o tanto que nossas doidivanas mentes produzem de idéias geniais.

Mas, não sei por quê, tô achando que não vai dar tempo.

sábado, 1 de setembro de 2007

Cansaço

Cansada, cansada, cansada. Assim que eu me sinto AGORA. Cansada de tudo, das obrigações diárias [cumpridas ou não], cansada de me importar, de acreditar, de esperar pela mudança que não veio até agora e no fundo sei que nunca virá, cansada de não ter forças pra aceitar isso. Cansada de mim, do mundo, de quem mente, de quem finge, de quem foge, de quem não age, dos que não reagem também, cansada de engolir as palavras, silêncio sempre me deu nos nervos, meu ou de outrem.

Haja tempo pra fazer algo além de cumprir rotinas, haja temperança pra manter a cara de quem não liga mesmo louca pra interferir, haja força pra fazer as mudanças acontecerem [por bem ou por mal], haja cama pra chorar se as coisas não saem bem como a gente queria... Haja saco pra agüentar o mundo, que gira como quer só pra nos deixar enjoados. Haja guaraná power pra tanto cansaço, porque não nos resta muita escolha além de continuar achando força sabeládeusonde pra continuar a viver, mesmo sem saber direito pra que serve essa tal vida. Haja voz pra quebrar o silêncio, pra gritar, pra morrer sem ar depois do grito de maior dor que a nossa garganta souber gritar. Haja lágrimas pra chorar, haja sorriso pra sorrir [nem que seja do coelhinho cogendo a toda velocidad]. Haja estomago pra agüentar todas as coisas que a gente engole, seja pra não magoar os outros ou pra (tentar) não foderaporratoda mais ainda.

Haja sangue pra manter o coração ocupado, dessa vez batendo, depois de tanto apanhar.
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À saber: isso foi escrito à quatro mãos [ou dois teclados, como preferirem]. A parte legal foi colaboração da Deh, como podem conferir em www.dehverissimo.blogspot.com.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Breve Lapso de Paz em Meio ao Caos

Hoje aprendi que as coisas só morrem definitivamente quando nós aceitamos isso. Depois de percebermos o que nos aconteceu por dentro, claro.

Há coisas que têm fim próprio, morrem “sem nossa permissão” – mas isso não as impede de apodrecer dentro de nós. Desse apodrecimento vêm as dores tão difíceis de entender e amenizar – amenizar, porque curar curado não é da alçada de ninguém. É mais ou menos como o princípio espírita descrito no livro Violetas na Janela: se você chora, não se conforma pela morte de alguém, a pessoa não descansa como deveria. O mesmo se aplica às coisas abstratas que cultivamos, quase sempre sem sequer saber direito a razão: quanto mais se lamenta, mais dói; quanto mais dói, mais demora a passar; quanto mais demora a passar, mais se lamenta; quanto mais se lamenta... acho que já me fiz compreender.

Eu hoje descobri o quão completa sou. Descobri também que auto-suficiência é mais um estado de espírito do que prepotência, logo, na maior parte do tempo eu sou sim auto-suficiente. Eu quase me basto, e com essa descoberta aceito de vez que não preciso de pessoas que possuem um “foda-se” com bateria vitalícia, que não desliga nunca. Assim os 59 kg que a balança marcou hoje à tarde até já parecem pesar menos, pois é só o meu peso que carrego de agora em diante.

Também começo a cogitar a possibilidade de possuir alguma doença, distúrbio, bipolaridade, ou qualquer outra coisa que o valha. Em pouco mais de 12 horas oscilei entre vários humores: eu chorei, eu quis matar, eu quis só dormir, me senti agraciada com a amiga que tenho, quis fazer uma festa de arromba pra me produzir estonteantemente e brilhar da cabeça aos pés, eu chorei de novo, agora surpreendentemente calma. Mas mesmo com a dor nos pés enfaixados, o cansaço que dá só de pensar no dia de amanhã, com o sono que me domina, com a frustração de olhar pra trás, eu ainda assim lembro do Herbert Vianna cantando “esqueça o que te disseram/ sobre casas, filhos, televisão/ é preciso sangue frio pra ver que o sangue é quente/ e que vai ser diferente”.

Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Vai ser diferente...

terça-feira, 14 de agosto de 2007

De Coisas Sem Explicação

Nas quase exatas 730 voltas que a Terra dera desde o primeiro beijo, nunca adormeceram abraçados, tampouco amanheceram juntos. Mas as lembranças do que houve de fato – e de todas as outras coisas que faltaram – esmigalhavam-na, ela sentia-se partida em pedaços microscópicos e nada no mundo seria capaz de montar novamente o quebra–cabeças estirado na cama. Aproximadamente 17.520 horas em que um guardou o outro no pensamento – às vezes no fundo, às vezes no raso, mas guardavam – e nem tempo ou distância expulsavam aquilo parecido com saudade.

Bastou um abraço e estava irremediavelmente perdida, assim como sozinha: desde o primeiro toque foi por demais deles aquilo tudo, incompartilhável com qualquer pessoa, pois mais ninguém era capaz de sentir ou ao menos entender a força que atraía para em seguida repelir. Ela era seduzida para onde quer que ele estivesse, ele afastado pra longe do que quer que fosse aquilo que ela sentia.

Obedecendo a um ciclo involuntariamente estabelecido, 24 meses passados e volta o turbilhão: acusações inflamadas, esperanças sabidas em vão, muitas madrugadas desperdiçadas, precioso sono perdido – nada mais que o reflexo do desejo de voltar no tempo e começar do jeito certo. Mas qual seria? Telefonar mais, não telefonar? Fazê-lo sentir o quanto ela pensava neles, não pensar? Permitir-se a entrega, ignorar pra não doer mais tarde? Tarde demais. Tudo errado, desde o início, tempo demais transcorrera pra que as cicatrizes fossem apagadas e as mágoas esquecidas por completo.

E agora?

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Eu x Eu Mesma

Porque uma parte de mim é inatingível, por melhores que sejam as intenções. Ali nasce toda a minha loucura, tão trabalhosa de filtrar antes que transborde – mas o trabalho é apenas uma gentileza minha, para que o mundo a absorva em doses homeopáticas e não assimile conscientemente as muitas transformações que me assolam a cada dia ou dois. Seria eu uma mensagem subliminar? Talvez; vezenquando é mesmo conveniente ser subentendida.

Entretanto, ao passar do tempo desenvolvi a proeza de mudar e continuar a mesma. Tenho –ao menos transpareço- então algo parecido com estabilidade emocional, porém totalmente suscetível às oscilações alheias. Em outras palavras: um conforto frágil, pra meu azar sem plástico bolha ou cantoneiras de isopor a protegê-lo. [...]

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

terça-feira, 17 de julho de 2007

Fim

[Não meu povo, mesmo depois de uma extensa e (ao menos por mim) inesperada lacuna nas postagens, não estou encerrando o blog. Desfaçam já as caras felizes e aliviadas, que eu ainda muito os pentelharei com minhas doudas divagações.]

Gente, acabou meu inferno astral, acabaram os docinhos da “festa”, agora é hora do balanço... Pergunta: O que eu ganhei ao fazer 19 anos? Resposta: cinco livros e um cabideiro, mais a certeza de com quem contar em qualquer momento. Mas sobre isso não tenho muito a desenvolver no momento [apenas uma leve explicação da minha ausência nesse espaço], quero falar sobre algo totalmente diverso que me ocorreu a caminho do trabalho: fim. Não, eu não terminei com o namorado que amo mais a cada dia que passa, aquele menino que me conquista de um jeito diferente com cada abraço; é só sobre fim, os que já superei, os que podem acontecer ainda, comigo ou com qualquer pessoa que conheço ou não, aquele que toca as duas partes, a desistente e a desistida.

Fim é um troço que dói pacas, certo? Especificamente fim de amor, dói que é uma coisa e, pelo que tenho notado nos últimos tempos, infinitamente mais na parte que, de uma hora pra outra, vê-se obrigada a seguir sozinha o caminho que até então trilhava em ótima companhia. Até agora nada de novo no front, mas o que me "incomodou" hoje foi: será que eu sou a única que sente também quando toma a iniciativa de terminar? Afinal, o apego que se desfez era o que EU sentia, e agora dói não sentir mais, passa a me faltar algo também, alguém pra chamar ou refutar, pra acarinhar ou deixar falando sozinho... falta um pedaço. Faz sentido, não?

Mas reitero, isso se aplica a qualquer fim: seja de amor, de amizade, de convivência, tanto faz. Pra quem não planeja afastamentos, é sempre ruim igual.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Acaso [?]

“O acaso é o começo de todas as coisas”
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Pare e pense: não é verdade? Essa frase é da música “People Are”, do Nenhum de Nós. Ouvi esses dias, a caminho da faculdade, e me surpreendi pensando no que o tal do acaso tem feito na minha vida.

Foi por “acaso” que algumas das pessoas mais importantes da minha vida passaram a fazer parte dela. Tempos depois, o mesmo acaso arrancou-as de mim. Aí ele deu uma voltinha no quarteirão, e na esquina seguinte eu esbarro em alguém em quem estava pensando cinco minutos antes. Dá ou não dá pra enlouquecer um pouquinho?

Thedy Corrêa completa a frase cantando “mas eu gostaria de poder escolher”. Rá, quem não gostaria? Porque além de enlouquecer uma meia hora por dia, cansa lutar contra a maré.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Bate-Papo

Conversar, conversar, conversar. Aai, como eu adoro fazer isso!! Tem conversa que deveria ser remunerada, de tanto bem que faz e dá vontade de não terminar nunca. Filosofia de boteco, fofoca com amiga, um belo dum flerte com aquele colega distante da sala. Seja qual for a modalidade, conversemos. Aliás, de agora em diante, eu considero a qualidade de qualquer relacionamento diretamente proporcional ao tanto de conversa que se tem, e a quantia de verdade depoistada em cada uma. Papo pra caramba, no melhor estilo “antes do pôr-do-sol” [um filme encantador, diga-se de passagem], porque percebi a diferença entre saber “da vida do outro” e saber “do outro”.

Saber da vida de alguém é quando a gente sabe onde vai estar, com quem, fazendo o quê, que horas sai, que horas chega. E assim sabe-se da vida de todo mundo: a filha da vizinha engravidou com 15 anos, o colega de trabalho da sala ao lado trai a mulher com a secretária, o sobrinho da cunhada do padeiro se droga escondido da família. Pode ser tão útil quando atrapalhar, até perigoso, sabe como é, tem gente capaz de tudo por "informação", seja para obtê-la ou aprisioná-la.

Já o “saber do outro” vai além: é saber quando abraçar, quando pode gritar, quando deve calar e apenas manter-se ao alcance, saber ler o cansaço e a necessidade de descanso - inclusive da mente -, não precisar mais perguntar “mas que m... é essa?” diante de uma esquisitice corriqueira. Há quem chame isso de simplesmente “conhecer”, mas esse conceito também anda deturpado ultimamente. Com todas as facilidades da vida moderna, pode-se conhecer melhor um japonês com quem nunca se trocou nada além de e-mails, mas acaba-se esquecendo dos que fazem parte do convívio diário, aqueles que realmente agüentam os trancos não planejados, têm um colo pra oferecer no fim de um dia difícil e merecem sim um cadinho a mais de dedicação.

Saber do outro nos permite curtir acompanhados um silêncio que não incomoda, muito pelo contrário, é até bem confortável. É -sem perceber- saber o que agrada e surpreender-se fazendo seja lá o que isso for, com uma satisfação que ninguém entende ou explica.

domingo, 10 de junho de 2007

Divagações

Juro que não sei mais o que pensar a meu respeito! Eu me sinto meio sozinha em tudo que faço e gosto, e dizer isso soa arrogante. Mas pensando bem, nem a pau que eu vou deixar de ser assim pra “me enquadrar”, “ser aceita”... Não mesmo!! Me recuso terminantemente a ser mais uma na multidão, prefiro mesmo ser ponto de referência: a branquela, esquisita, de calça jeans e tênis em pleno verão florianopolitano. Que retardada, essa garota!

Mas quer saber? Divirto-me horrooores. Melhor sozinha num show que ter do lado um mala que nem sabe o que ta acontecendo. Se for pra discutir um livro, aprendi a discutir comigo mesma, e olha que assim já dá confusão suficiente pra bagunçar minhas [já não muito claras] idéias. Cansei de tentar explanar o que tal música ou tal texto me remete e/ou tem a ver comigo, uma vez que aceitei ser a única que entende da minha vida, e por mais que sejam amigos, ninguém tá se importando muito com meu passado. Foi maravilhoso isso acontecer, pois assim ninguém cansa de ninguém e vivemos todos felizes para sempre.

Em tempo: quando digo “só eu gosto de tal livro, tal filme, tal banda”, não quero dizer que mais ninguém na face da terra goste, refiro-me ao modo como gosto [e isso é realmente único], e nesse caso é modo no sentido intensidade. Não que só eu goste, mas eu gosto só, sacaram? Mas aí, só pra variar, eu não me expresso direito, sou mal interpretada [não incompreendida, antes que me chamem de emo], e acabo passando a imagem de tosca, arrogante, maluca, e blá blá blá... Mas sabe aquela coisa de não ser leviana, lá do “Filtro Solar”? Eu levo bem a sério.

Agora voltando ao meu aparente retardo mental: é biológico, não vejo outra explicação. Minha bibliofilia não é herança, meu individualismo é autônomo [com certeza contra minha vontade] e as minhas esquisitices são totalmente conscientes, ou seja, eu sei bem quais são os meus problemas, logo, não é doença coisa nenhuma. Difícil e fazer os humanos entenderem que a maioria tampouco é escolha.

Confesso, às vezes dá uma pontinha de frustração por não atender as expectativas da sociedade, mas passa rapidinho quando eu olho pra TV e vejo crianças de 5 anos dançando funk "até o chão", abro meu e-mail e recebo mais uma daquelas apresentações em power point com fotos de placas do tipo “fas freti”, ou me dizem que a média nacional de leitura é “1,alguma coisa” livro por ano. Com esse dado eu inclusive faço piada, perguntando pras minhas amigas “o que seria desse país sem mim?”, ainda que eu jamais tenha respondido a uma dessas pesquisas. Sim, alem de chata, de vez em quando eu sou pretensiosa às pampas.

É por essas e outras que eu já acho ótimo quando mais uma pessoa diz pra eu voltar pro meu planeta. As saudades da estadia aqui, sem dúvida, serão poucas.

domingo, 3 de junho de 2007

O ruim da boa memória é que...

Aí parece que cada fim trás amarrado consigo todos os outros, a gente remói pela enésima vez todos os erros, ensaia de novo as palavras não ditas, mesmo que seja pra guardar - novamente - sem dizer. Por pouco não dói tudo outra vez.

O problema nem é o fim, é se libertar do fantasma recém-nascido e, além disso, aparentar a disposição que o mundo exige, sem saber o quanto isso pode nos custar. Minha escritora favorita chama de “cicatrizes de estimação” aquelas mágoas que remanescem mais que o necessário. Mas o que fazer na falta de um interruptor “liga/desliga”?

Quando não dói mais a dor muda de nome: agora é lembrança. Aí mesmo que não deixa de existir, porque se não for devidamente arquivada, só incomoda/atrapalha. Talvez nem tanto os seus detentores, mas às novas almas que se aproximem do ser que ainda vive num processo de cura, lento, demorado – e invisível, pois se ninguém entende, então é melhor mesmo não proclamar nada a respeito.

sábado, 2 de junho de 2007

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Novidade

Então... pra não superlotar essa página com citações dos meus favoritos, criei um bog específico pra isso... o link tá aqui do lado esquerdo, logo abaixo da foto... ;)

Nos dias que bater a lomba [ou falta de criatividade mesmo], eu "escrevo" lá... obviamente com devidas referências/créditos...

Até.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Questão de temperatura

Ai como eu odeio gente morna. Me dão calafrios esses tipinhos cinza, pra quem tudo tanto fez como tanto faz. Não se afetam por nada, seja bom ou ruim o que lhes aconteça. Não tem postura, iniciativa nem atitude. Por vezes falta até “presença”, aí não há quem agüente. Eu não agüento, pelo menos. Tem coisa mais desconfortável que passar uma hora que seja com alguém monossilábico, de olhar perdido e que sequer finge interesse no teu papo?

Talvez pela natureza tempestuosa que tenho, eu não consiga me conformar com esse marasmo que se apodera de alguns seres, e por isso também minha luta incessante pra que eu não seja “contaminada”. Não falo aqui daqueles dias que a gente acorda funcionando em meia fase, que isso todo mundo tem, mas existem pessoas que são assim 24/7. Um dia baixou um negócio nelas e agora não há pai ou mãe de santo que cante pra isso subir.

Não sei se dá pra dizer que não têm calor humano -que, aliás, é uma expressão boba que eu nunca defini direito. Não são pedras de gelo, porque gente fria também desperta algo, ainda que repulsa ou indiferença. Mas quando a cara da criatura é a mesma chorando ou rindo, com cólica ou no meio de uma festa, não há alma que suporte.

Baú!!

Putz, tava arrumando o quarto esses dias e, de repente, uma surpresa das boas: vários textos de muito antigamente (!!). Agora é só revisar... e tocar aqui..!

O problema é eu conseguir ir até o fim... já notaram a imensa dificuldade de conclusão que eu tenho?? pois é... portanto, acho que o jeito é se contentar com "extratos" (entre aspas porque o texto inteiro não existe, mas o que existe parece extrato... ah, vocês entenderam). Aliás, eu não tô com saco pra especificar datas, portanto não confundam Frei Damião com freio de caminhão, já que muita coisa antiga "fecha" com alguns acontecimentos recentes...

Enfim... conforme corrigidos, eles aparecem!!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

sábado, 26 de maio de 2007

O que aprendi com piratas

Hoje assisti Piratas do Caribe - No Fim do Mundo. Bom que só... Contra todos os meus instintos não vou contar o filme, mas uma frase que ouvi me fez divagar bem mais além [na verdade, houve várias, mas só uma que lembro com exatidão. Não ia tirar o celular da bolsa pra anotar no meio do filme, né...]. Pois bem... num dado momento da história, o Almirante James Norrington fala pra Elizabeth Swann (Keira Knightley): "Nossos destinos foram entrelaçados. Mas nunca unidos".

Mas que pancada na boca do estômago. Pra bom entendedor da minha vida meia palavra basta, mas juro que pensei em mais do que nos fatos concretos. Fiquei refletindo acerca da tamanha simplicidade disso, tanta a ponto de a crueldade presente na sentença passar despercebida. Ainda que por outro lado traga algo parecido com conforto - leve, porém incoerente, pelo pouco que perdura -, quem ouve uma coisa dessas passa uns dez segundos assimilando a idéia, e quando absorve de todo preferia não tê-la ouvido. Não são mais belas, delicadas e suaves palavras de despedida, tornaram-se pedras atiradas - sem um pingo de piedade, diga-se de passagem - contra um corpo já ferido e exausto.

Na falta de coisa melhor pra dizer, isso até que serve pra justificar um fim sem explicação, mas vai doer duas vezes: pelo que significam e pelo modo como são proferidas, um tom sincero de cuidado - que de nada adianta, pois se há razão para pronunciar algo do gênero quer dizer que alguém já fora irremediavelmente ferido.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Batendo dentes

Ôta que frio chato da porra... pobre cama que chora quando eu levanto!!

Ai que vontade de um chazinho de hortelã ... ou passar o dia tomando chocolate quente, embaixo das cobertas, lendo, fofocando ao telefone... já pensou que digno??

Acompanhada então...[espero que] em breve, novidades no quesito "choque térmico" [viva a Martha!!]... =P (mas isso é assunto pra outra pauta!!)

Enquanto ele não vem, pra mim e pra quem mais que esteja à espera, a gente vive né?... e toma chuva, reclama do vento forte, carrega casaco, espirra, espera ônibus, congela o pé, sente saudade... mas continua. *-*

Beijo pra quem merece...

segunda-feira, 21 de maio de 2007

The Bitter End

Agora com certeza eu enxergo.
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Mas ninguém tem culpa, é só um outro dia
diferente dos outros
igual a um outro dia qualquer.


domingo, 20 de maio de 2007

Convalescência

Você esperneou, ouviu músicas de fossa que deixam Lupicínio Rodrigues no chinelo, chorou um Nilo [cheio, é claro] de lágrimas, e milagrosamente dormiu. Fosse esse o maior problema!

No dia seguinte acordar, sair da cama, se encarar no espelho, tudo dói. Relembrar é o mesmo que cravar um punhal no próprio peito, e você já não sabe o que fazer com um dia cinza. Só pensa nas milhares de coisas que poderia/deveria/queria ter dito, mas agora é tarde e você não pode mais.

E agora? Livros. Amigos. Telefone. Música. Distrair-se, não pra fugir, mas esquecer mesmo. Curar a alma, já que não foi uma perda tão repentina assim e, principalmente, parar de procurar. Uma vez que seja, ter a petulância de simplesmente esperar ser encontrada.

Ele foi pra não voltar. Não é o primeiro, improvável que seja o último, mas entre um e outro muito lhe aguarda. Dentro desse muito, uma vida inteira.

Meia fase

Gente, que diazinho mais ou menos...

No estado que eu tô, nem dá vontade de fazer alguma coisa, então fui me curar estudando. qualquer coisa, toque no celular, que eu venho. ;)

Aos que estão a par dos acontecimentos mais que recentes, tá passando, já. Nada como algumas horas de sono pra clarear a cabeça. Mas claro que se quiserem me ligar, o telefone tá no gancho... =P

Eu tô pensando em estabelecer dias pra escrever aqui, quando chegar num consenso comigo mesma eu aviso.

Até.

Game over.

Triste de verdade é quando não sobram rastros. Nenhuma roupa espalhada no quarto, ou um livro esquecido na sala, nenhum cd perdido no carro. Nem uma fotografia sequer, nada palpável a que se ater, só o vazio que ameaça esmagar a qualquer instante. Um literal nada assombra a casa, espreita no corredor, e quando a gente passa ele afunda o dedo nas feridas que não param de sangrar. [continua]

sábado, 19 de maio de 2007

Esboço de rascunho

Esquece meus recados tristes
E faz de conta que sempre foi amor
Você nunca me deveu satisfações
Mas notícias são bem vindas
Ao menos pra que eu saiba
A hora certa de chegar
Oferecendo ou recolhendo
Um abraço, um afago
O que quer que seja
Pra te acalmar
E não me afligir

Começando...

...Sei lá!

Não esperem por assiduidade... quando tempo/humor/vontade permitirem eu escrevo alguma abobrinha aqui.... mas é bem provável que eu comece com textos 'antigos' [ mas sim, inéditos, por que eu quase nunca mostro pra alguém alguma coisa que escrevo]. O jeito é esperar.


Aliás, esse fundo lembra um jogo de tetris.
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