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terça-feira, 31 de maio de 2011

Eu preciso muito chorar, mas não há lenços por perto, e a idade me ensinou a ter pelo menos um pingo de classe nessas horas.

Eu preciso também falar, mas hoje foi um dia em que me senti mais sozinha que nunca, ter que repetir várias vezes várias coisas foi como não ser ouvida em nenhuma delas.

Um abraço ia bem, mas hoje acho que eu precisava mesmo era de algum álcool, umas músicas tristes e o resto da vida pra quem sabe me recuperar.

terça-feira, 17 de maio de 2011

variações do mesmo tema talvez mudando o tom

Depois que a poeira baixa e você até volta a se alimentar você olha pra trás e vê que poderia ter lidado com a situação com muito mais classe, mais inteligência [principalmente mais inteligência] e, por que não, até com alguma graça.

Mas não adianta, pra se sentir belamente triste assim leva um tempinho. Queria ter lembrado disso antes...



I can't believe what you said to me
Last night when we were alone
You threw your hands up
Baby, you gave up, you gave up
I can't believe how you looked at me
With your James Dean glossy eyes
In your tight jeans with your long hair
And your cigarette stained lies

Could we fix you if you broke?
And is your punch line just a joke?

I'll never talk again
Oh, boy, you've left me speechless
You've left me speechless, so speechless
I'll never love again
Oh, boy, you've left me speechless
You've left me speechless, so speechless

I can't believe how you slurred at me
With your half wired broken jaw
You popped my heart seams
All my bubble dreams, bubble dreams
I can't believe how you looked at me
With your Johnnie Walker eyes
He's gonna get you and after he's through
There's gonna be no love left to rye

And I know that it's complicated
But I'm a loser in love, so baby
Raise a glass to mend all the broken hearts
Of all my wrecked up friends

I'll never talk again
Oh, boy, you've left me speechless
You've left me speechless, so speechless
I'll never love again
Oh, friend, you've left me speechless
You've left me speechless, so speechless

And after all the drinks
And bars that we've been to
Would you give it all up?
Could I give it all up for you?
And after all the boys
And girls who we've been through
Would you give it all up?
Could you give it all up if I promise boy to you

That I'll never talk again
And I'll never love again
I'll never write a song
Won't even sing along
I'll never love again
So speechless...
You left me speechless, so speechless
Why you so speechless, so speechless?

Will you ever talk again?
Oh boy, why you so speechless?
You've left me speechless, so speechless
Some men may follow me
But you choose "death and company"
Why you so speechless? Oh, oh

***

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Parece mais frio em mim do que lá fora

E eu poderia escrever uma grande colcha de retalhos só com a descrição do Caio F. pra essa minha dor, mas seria ridículo demais, nessa idade. O que interessa saber é que eu já passei da raiva e do nojo, eu tenho agora só uma grande tristeza e um pouco de vergonha; a boa notícia é que aprendi a evitar quem não tem nada a ver com isso. O quem não precisa saber, que geralmente é quase a mesma coisa. E então de repente eu tenho vontade de beber, beber ate não lembrar meu próprio nome e atravessar bem devagar uma rua desse interior pra ver se finalmente acontece o que parei de buscar na cidade grande quando tudo pareceu melhorar. Eu esperava qualquer coisa, qualquer clichê de juventude que fosse, menos a pior segunda coincidência que já me aconteceu.

Depois que o choro soltou, foi longe. Acordei com a cara inchada, os olhos mais ainda, salgados, ardidos, doendo sempre que eu olho pra trás e ver que as coisas não eram bem como eu imaginava. Eu só não imaginava que tão cedo choraria de novo desse jeito, nem que me restassem pedaços pra perder. Pensei nisso, aliás, enquanto caminhava pra casa ontem: pensei que quando partes eu me sinto incompleta, menor, sem um pedaço vital. E mesmo isso sendo tristinho, fiquei feliz por ter alguém que me fizesse sentir assim, que no fundo é uma coisa boa, ter pelo que – ou por quem – esperar. 

Eu tenho uma pós pra cancelar, uma biblioteca pra gerenciar, aulas pra preparar e um corpo todo pra remendar [porque self injury já é over, mas parece que eu rolei uma ladeira de pedregulho abaixo]. A lingerie bonita que eu comprei pra agradar perdeu o sentido. Eu me sinto burra, iludida, amadora, cega, eu sinto tanto a tua falta, mesmo que fosse só pra te olhar e chorar a noite toda. Meu lado egocêntrico meio mexicano gosta de uma cena dessas, eu queria te torturar com a visão do meu pranto agarrada no travesseiro com teu perfume até me dizeres que tu não passou de um mal entendido, que eu li errado, que não eras tu falando aquelas coisas.

Mas era.

domingo, 15 de maio de 2011

Dedos enrgelados, mas não tanto quanto o coração. 

Eu hoje voltei pra casa me sentindo pequena, incompleta, mas por um motivo bom, que derramou umas poucas lágrimas de quase felicidade, apesar de tudo. Só que eu já devia mesmo ter aprendido que momentos assim geralmente precedem tempestades avassaladoras.
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Alegrias violentas tem fins violentos, já dizia Shakespeare.

Frágil [Zeca Baleiro]

Põe-me o braço no ombroEu preciso de alguém
Dou-me com toda gente
Não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me fragil
Faz me um sinal qualquer
Se me vires falar demais
Eu as vezes embarco
Em conversas banais
Frágil
Sinto-me frágil
Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil

Esta a saber me mal
Este wisk de malte
Adoravél esta a rima
Estou a me sentir out
Frágil
Sinto me frágil
Acompanha-me à casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Sinto me frágil
Frágil esta noite estou tão frágil
Fragil
Já nem consigo ser ágil

terça-feira, 10 de maio de 2011

chuva torrencial. puta breu lá fora. frio aumentando e entrando pela janela. do nada eu tropeço no passado e penso 'que bom que passou, eu não merecia mesmo ver minha vida acompanhar essas escolhas', e assim o quase insuportável fica menos difícil, quando lembro que no fundo, no fundo, tá tudo tão bem quanto poderia estar.

apesar da chuva torrencial.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

sim, tenho andado distante,

mas essa distância não é nada se comparar com a existente entre corpo e coração.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

"Estou cansada de saber as coisas,

como fazê-las e nunca fazê-las, estou cansada de não me comprometer comigo, a ter sempre a desculpa perfeita para a hora certa."
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Não tô fazendo dieta nem nada, mas mesmo assim vejo que isso se aplica a muitas coisas na minha vida, bem como a ideia de "acho que é melhor pagar para alguém me dizer o que fazer, porque não quero mais me ouvir, me ouvir significa ter que pensar e quero pensar menos, assim anseio menos também."

Cristal me entende.