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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Gente, trabalhar em shopping tá sendo uma experiência ótima. Tô engordando e indo a falência, quase, mas me divirto demais. Como ontem, por exemplo, eu lá faceira e pimpona com meu short jean favorito, minha blusa que mais me favorece, e o muso da loja ao lado finalmente apareceu lá e finalmente eu tenho certeza que não sou invisível àqueles olhos azuis magnificamente fabulosos. 

Foi hilário porque primeiro eu vi ali na porta a plástica que ele parece pegar, aí o amigo moreno deles, aí... o muso. Quando vi a plástica olhando a vitrine eu pensei 'zenti, ela lê algo além dos rótulos de maquiagem, será?', e nisso o muso entra. Dá uma olhadinha, e aí veio até o caixa e perguntou por um livro que não tínhamos. Eu, toda trabalhada no susto, só fiz dizer que não, com um sorriso que deve ter sido o mais estúpido da história da humanidade, mais indecifrável que o da Monalisa [a diferença é que o meu ficou entre 'problema mental' e 'parcial surdez', mas nem ligo]. Aí ele, antes de sair, disse que outro dia volta com mais tempo, e então eu fui morrer lá fora que era pra não assustar os clientes que tavam lá dentro.

E tudo isso me leva a refletir sobre o que me deixa p. da vida: essa instabilidade da mesma; eu já tinha jogado a toalha, pensando que se ele pega aquela barbie, mesmo que olhasse pra mim eu já não tenho certeza se merece algum esforço da minha parte. Mas aí, numa quinta feira quente da porra, o cidadão dá um claro sinal de que não mais olha da minha direita pra minha esquerda e vice versa como se eu não estivesse entre os dois lados, que era o que parecia antes...

E depois que ele saiu, sabe o que eu fiquei pensando? que ele bem que podia ter uma voz mais de macho pra combinar com aquele porte todo. Ou seja, com a mesma facilidade com que me deslumbro, eu quase desencanto, e isso leva a dois caminhos: o positivo, saudável porque assim eu deixo de achar que ele pode ser algo além de um ser humano igual a mim, e o negativo, que dá mostras de que tá mais difícil do que eu esperava essa coisa de sentir o que quer que seja pelas pessoas...

Mas quem sabe ate´sexta que vem vou lá provar aquele vestido que tô namorando.

2 comentários:

  1. Nega,

    homem é tudo igual, e isso não se discute... a diferença está em como encaramos o cidadão.
    Não criar ilusões é o primeiro passo pra não se decepcionar... e falo isso de carteirinha!!
    Tomara que o camarada aí olhe pra ti e não apenas para os lados... tomara que ele te convide pra um café (ou algo mais) e isso não fique apenas no ar... tomara, tomara, tomara...

    beijão e um 2011 bem frutífero!!

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  2. tem que se fuder mesmo, só olha rostinho bonito, depois o cara é um nojento e voce fica chorando.na vida colhemos o que plantamos. tomara que algum dia aprenda isso.

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