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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Sobre promessas de ano novo

Não vou escrever nada por enquanto, se você esperava minha lista pra rir ou incentivar, espera mais um pouco. Amanhã quem sabe.

E você talvez pense que eu tô aqui blogando freneticamente por não ter coisa melhor pra fazer, e em partes até acertou - mas o que eu tenho pra fazer hoje, sem falta, é depilar pernas, e isso é algo que as mulheres adiam ao máximo, porque sentir dor voluntariamente não faz muito sentido, né?

Mas é ano novo, então enquanto eu me arrumo pra noitada com a Bruna mais tarde e escrevo a retrospectiva do blog [não necessariamente nessa mesma ordem], curtam Jamie Cullum [linkado porque não houve jeito d'eu conseguir incorporar o raio do vídeo].

***

Next year,
Things are gonna change
Gonna drink less beer
And start all over again

Gonna read more books
Gonna keep up with the news
Gonna learn how to cook
And spend less money on shoes

I'll pay my bills on time
File my mail away, everyday
Only drink the finest wine
And call my Gran every Sunday

Well resolutions
Baby, they come and go
Will I do any of these things?
The answer's probably no

But if there's one thing, I must do
Despite my greatest fears
I'm gonna say to you
How I've felt all of these years

Next year
Next year

I'm gonna tell you how I feel
I'm gonna tell you how I feel

Well resolutions
Baby, they come and go
Will I do any of these things?
The answer's probably no

But if there's one thing, I must do
Despite my greatest fears
I'm gonna say to you
How I've felt all of these years

Next year
Next year

***
[tradução aqui]
***
'Té depois.

Snapshot derradeiro

toca o telefone na residência Costanzi.

Bruna: alô?
Nayana: AUEHUEIWHAWEAUEHUEIWHAWEAUEHUEIWHAWEAUEHUEIWHAWEAUEHUEIWHAWEAUEHUEIWHAWEAUEHUEIWHAWEAUEHUEIWHAWEAUEHUEIWHAWEAUEHUEIWHAWEAUEHUEIWHAWEAUEHUEIWHAWEUAH.


Porque só a gente faz o curupira malhar o c* full of remembers na esteira num 31 de dezembro, né amora do meu core?

Já vai tarde

2010 não me parece descritível como outros anos em outras retrospectivas de outros blogs. Tantas coisas mudaram, e tudo parece ter sido há mais tempo do que realmente foi [eu não sei exatamente a diferença, mas sei que existe]. Ano de viagens, de novas pessoas, novos livros, novo blog; Ano de fins: faculdade, melhor estágio de todos, algumas amizades.

Muita coisa pareceu que seria e não foi; eu comecei esse ano me sentindo livre, capaz, e termino com saudade de coisas que eu talvez não precisasse ter abandonado, se tivesse entendido a tempo que precisavam apenas de alguns ajustes ou reformulações. Com os dias preenchidos pelas obrigações acadêmicas e profissionais, não sobrou muito tempo pra mim. Ou passei tempo demais comigo mesma, o que se mostrou uma faca de dois gumes.

Eu mudei demais [e, como diz o amado Caio F., não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado]. Foi um ano de solidão e injustiças, mas gosto mesmo de acreditar que não maiores que a soma de todas as pequenas recompensas. Aquelas que tu percebe – sente – no dia a dia, num olhar, numa frase. Então, depois de abrir espaço no guardarroupa e no álbum de fotografias, sinto muito, sinto tanto por ter que seguir deixando algumas coisas e algumas pessoas pra trás, mas é o que preciso se quiser aproveitar o espaço aberto em mim pelos últimos doze meses.

Feliz 2011 pra nós.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O futuro tem um coração antigo,

Disse Carlo Lévi, sobre quem tô com preguiça de pesquisar agora, não sei quando nem por quê. Porque na verdade não importa muito quem é o cara, mas sim esse tapa de luva que ele me deu via twitter.

E falar em coisas antigas me lembra de quando as pessoas ainda acreditavam em amizade sincera. Ou melhor: desconfiavam menos umas das outras. Nem falo aqui da saudável precaução com o desconhecido, mas das intenções de pessoas no mínimo do convívio diário.

Sabe a época em que um e-mail era um email, uma mensagem no celular convidando pra sair e conversar era nada além de um convite pra sair e conversar, e não uma manobra implícita que esperava algo não muito definido mas certamente cheio de mais intenções além da explícita? eu morro de saudade disso. E o que mais me irrita é minha oscilação entre as duas interpretações: ora eu faço leituras ingênuas e inocentes, oras vejo chifre em cabeça de cavalo achando que tudo o que acabei de ouvir/ler é um código que eu não conheço pra algo que eu não sei o que é.

Aí eu pensei sobre isso e cansei.

Cansei de pensar sobre cada vírgula que ouço/leio, sobre porque terá fulano escolhido tal palavra e não aquela outra, isso é desgastante demais e eu tenho mais o que fazer com meu precioso e escasso tempo. Decidi simplesmente adotar aquele literalismo típico de autista, que assim a vida fica menos decepcionante quando eu encontro algo diferente do que esperava, ou até mais surpreendente, normalmente também quando eu encontro algo diferente do que esperava. Assim, se o cara bonitão me convida pra jantar, eu saio de casa esperando voltar sem morrer de fome, nada além. O que vier além disso é bônus.

Claro que especulações persistem. A diferença sutil está em não surtar adolescentemente com isso e esquecer de fazer as unhas pra sair, por exemplo. Se bem que, justo na minha adolescência, era a época em que um email era só um email, uma mensagem dizendo 'oi' no celular era só um 'oi' e... pensando bem, deixa pra lá. No fim das contas, não cheguei a nenhuma conclusão muito 'conclusiva' sobre isso tudo...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

bom, talvez eu não tenha mesmo superado ainda

Então preciso falar da UFSC. Mais precisamente, de não ter passado no nivelamento pra retorno de graduado da UFSC.

Eu não fiquei com raiva ou triste, analisando mais profundamente. Fiquei chocada, decepcionada, até um pouco envergonhada da minha prepotência de achar que era só questão de burocracia pra eu entrar lá. Porque eu realmente achava, ainda mais depois da prova.

E aí hoje eu cheguei na sala 220 do bloco A do CCE e a mulher de aparência bocó me diz que eu não tava na lista de aprovados. Eu não chorei, eu não xinguei, eu fiquei completamente sem ação, só entrei de volta no carro e fui ouvindo o Robertão cantando 'são coisas da vida...' e depois Bethânia cantando 'outra vez' seguida por Zélia com 'aberto'. Tipo, motivos se acumulando pra eu sair do carro na fila do posto de gasolina e me afogar na poça mais próxima, mas resisti. Porque ainda faltava chegar no trabalho e descobrir que tenho dois dias a menos do que imaginava.

Tenho hoje e amanhã pra tirar fotos, trocar contatos e estabelecer laços com algum potencial definitivo. Em contrapartida, só mais dois dias de cara feliz pra disfarçar algumas pedrinhas nos sapatos e ou devolver ou engolir de vez alguns girinos que desovaram nos últimos meses.

Dois dias, e depois não sei o que fazer da vida.

Quando eu descobrir, eu conto.
Tem coisa demais pra atualizar. Vamos por partes... #jackripperfeelings

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Então que esse fim de 2010 tá me deixando meio mulher grávida, que se emociona à toa. Tem sido uma grande montanha russa isso de interessa, desilude, interessa diferente, desiste porque dá tanto trabalho... Mas os abraços, os chocolates e o carinho que o povo emana não tem preço, eu vou morrer de saudade de quase todo mundo! :(

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E eu ando bem precisada de uma terapia assim líquida, se é que me entendem. Hoje o dia foi deveras digno, saí pra comprar cerveja com papis [só não achamos a dita Schneider, mas táá...], e cada vez que eu passava por uma garrafa de martini ou um vidro de cereja em calda eu fazia uma lista rápida e mental de pessoas com quem adoraria confraternizar momentos levemente alcoolicos. Até lembrar que não adianta, porque todo mundo fura meus convites mesmo.

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Então já que UDESC praticamente acabou, UFSC não foi dessa vez e UFRGS ou TRT dificilmente [só por providência divina da boa], eu vou quem sabe alugar uma meia dúzia de filme daqueles meus romancezinhos favoritos [Ugly Truth, 13 going 30, Bride Wars] + os que já tenho em casa [how to lose a guy in 10 days, before sunset] e secar minhas vias lacrimais até não sobrar nada por ninguém. Nem por mim.

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Outra hora, depois que desenvolver melhor a ideia, comento sobre as consequências de atirar pra todos os lados. Tá martelando no meu cérebro e tem gente que parece precisar ouvir...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Daí que entrou uma crionça aqui na biblioteca e quebrou o vidro do extintor de incêndio.
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E eu não posso bater, eu não posso xingar, eu não posso pegar pelo cangote e fazer juntar os cacos com a língua. A única coisa que eu pude foi receber do pai relapso 'o parafuso que caiu' e que ele acha que foi grande coisa juntar do chão que o filho dele bagunçou.

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Nessas horas eu repenso a saudade que vou sentir - enorme das pessoas legais, dos homens bonitos,  mas nem um pouco da preguiça alheia e das cadeiras sempre fora do lugar...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Então que eu já sabia que vou me ferrar legal no concurso do TRT só pela parte do direito que cai na prova. Aí, logo depois de receber email dizendo que farei a prova em capoeiras [tipo, um zilhão de km longe da minha casa], inventei de ler o edital de novo e, pra minha surpresa, o que eles chamam de raciocínio lógico é, na verdade matemática. E todo mundo sabe por que eu passei pra biblioteconomia na estadual e não pra jornalismo na federal, não sabe? Foi porque quase zerei a porra da matemática no vestibular!

Mas fora isso, a vida segue, né? Esperando resultado da UFRGS/próxima oportunidade pra voltar a PoA/show do nenhum em algum canto próximo, eu vou terminando a apresentação do TCC pra, no mínimo, daqui uns 3 ou 4 meses ter um diploma enquanto já me acostumo a ser universitária em meio de curso de novo – porque sérião, vou ficar possessa se não passar na UFSC.

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Particularidades cotidianas a parte, eu ando rascunhando bastante sobre coisas provavelmente mais relevantes que concursos fracassados e afins. Falta elaborar um cadinho, e quem sabe assim que acabar esse inferno de semestre coisas legais pipoquem por aqui...

Hasta!