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terça-feira, 12 de outubro de 2010

cinco minutos depois, com a mesma roupa...

Fiquei aqui refletindo [tá, é mentira, já refleti faz tempo] sobre os testezinhos que comentei no post anterior e agora vem o momento bocó: riam à vontade, mas acaba que lá uma vez a cada ano bissexto eu até que me descubro um pouco nessas bobaginhas, aprendo sempre uma ninharia que seja sobre mim mesma, e vezenquando aparece algo - incontestável - que me, digamos, 'esclarece' do que eu sou capaz, e eventualmente, do que não sou. 

Não sei porque, mas eu não consigo não dar importância aos nãos da minha vida. Não tô falando dos que eu ouvi ou disse até hoje [believe me, não foram poucos]. Falo daqueles que me descrevem, sabe? O que eu não faço, o que eu não quero, o que eu não sou. Sempre me pareceu mais fácil definir as coisas começando pelo que se pode negar delas - pessoas inclusas nisso, aliás. E aí eu lembro de uma coisa boba, o que o Dumbledore diz pro Harry Potter quando o pequeno se pergunta sobre o dilema Gryffindor x Slytherin, mas que é uma das grandes verdades nas entrelinhas da obra da Rowling: o que te define não são as coisas de que você é capaz, e sim as que escolhe fazer.

E dane-se que, se alguém tava até gostando do discurso me tirou toda a credibilidade quando pus literatura infanto-juvenil no meio. eu tenho o incrível defeito de focar no que não se faz - mas isso pode ser bom, quando o que você não faz é pior do que o que você fez, ou pode ser o fim, quando o que você não faz é exatamente o que faltava você fazer. Não interessa se pra mim, pra alguém que eu conheço ou não, pro mundo ou pra você mesmo.

[era pra ser uma ideia generica, mas acho que não deu muito certo, né? enfim].

Um comentário:

  1. Lê, inclina a cabeça pra esquerda, estreita os olhos... Coça, coça, coça a cabeça. Volta pro começo, lê de novo. Repete algumas frases em voz alta (não muito, pra não te acharem muito doida e não te tascarem um Diazepam), suspira, olha pro lado pra ver se não tem ninguém vindo com uma seringa e lê de novo em voz alta. Desiste, afinal deve mesmo estar acima das suas restritas capacidades intelectuais, serzinho medíocre incapaz até mesmo de dizer 'não'.

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