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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Segunda-Feira Blues

Oh, wait: só depois de titular o texto me dou conta de que existem duas músicas com esse nome [segunda-feira blues I e, obviamente, segunda-feira blues II]. Nem pra isso eu presto mais.

E a sensação é essa mesmo: não presto pra mais nada. Pior ainda é perceber, no meio disso, como sou influenciada por pessoas geniais [Tati Bernardi, por exemplo, que escreveu um livro chamado, veja só, A Mulher que não prestava - e a melhor amiga me deu de aniversário, por quê será?] e não faço absolutamente nada que preste com essas influências fenomenais.

Eu leio os blogs favoritos como São Botequim e SublimeSucubus e Dois Cigarros e um Café e fico pensando como Fabrício, Carrie e Cristal são fodas, e como eu queria que meus lampejos parecidos [tá, parei] durassem mais que o tempo de uma epifania que ninguém lê, e no fundo o que eu deveria admitir é só que eu adoraria ter mais pessoas espirituosas e inteligentes como eles por perto. Minha turma é legal [apesar do sistema maus e blá blá blá], mas no fundo bem no fundinho eu não tenho uma tchurma  pra chamar de minha. Turma imaginária não se qualifica, gente.

Nada muito imaginário serve pra alguma coisa nessa vida, aliás, eu não me chamo Nayana Silva e Silva pra poder viver no mundo da imaginação, e esse blog não é um gravador em que eu registro esses devaneios. A realidade é que estou aqui gastando além do necessário pra fazer algo que será muito brevemente esquecido, que não será comentado, que sequer se encaixa na categoria 'relevante', mas a gente sempre finge que tem alguma importância, senão a casa cai e o vidrinho de ansiolítico esvazia rapidinho.
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No mais, acho que essa agonia toda acaba, no mínimo, despertando em mim uma urgência feroz de dar um novo rumo pra vida, mas eu meio que paraliso quando percebo a tarefa de Hércules que parece ser mudar o que precisa ser mudado sem deixar pra trás o que -e quem- se quer levar junto pra próxima fase desse joguinho chato e repetitivo que chamam de vida. Afinal, como cantou Humberto Gessinger na música que empresta título a esse texto, as boas novas eram só boatos.


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