Daí cê chega em casa, espumando de raiva, e em plena segunda-feira uma pessoa 6 anos mais nova te pergunta "será que você não tá vendo coisa demais não?".
E aí você reflete de novo e concorda. E mais 78 segundos depois percebe que o seu conceito de 'ver demais' pode ser diferente do que a outra pessoa tinha em mente. Afinal, ver além do que a maioria parece ver [e que é o de que você jura ser capaz], pode sim ser interpretado como "ver demais". E meu deus, como isso cansa.
Você vê, como um daqueles trigêmeos do Minority Report: as possibilidades, borradas, e antes que se dê conta de que são apenas malditos borrões, constroi a tragédia toda - e como se não tivesse nada mais urgente pra fazer, constroi também o rastro dela, e assim sem nem sair da cama você é capaz de experienciar toda a moleza nas pernas que te acometeria se essa merda toda realmente se concretizasse.
Aí, vem duas opções: a) botar pra fora correndo o risco de catalisar o ~processo~; b)esperar pra falar "eu avisei"; c) baixar a discografia do Matchbox 20, tomar um banho e engolir o choro.
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Ou só baixar a discografia do Matchbox 20 e tomar um banho, já que quando você jurou que nunca mais abriria a boca por uma merda dessas, não se falou nada sobre engolir o choro.
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