Eu sei que já deveria ter me acostumado com tanto silêncio, mas escapa ao meu controle a dor que dá essa saudade burra.
Tem um rascunho de carta num caderno, trocentos textos metaforizando a bagaça, e nem assim faria sentido eu chegar e dizer ‘hey, sabe aquela noite? Não era bem o que parecia’, porque isso só vai piorar o papelão iniciado mais de mês atrás. E também porque na maior parte do tempo parece que eu não sinto mais nada, mas às vezes parece que talvez eu sinta. Em suma, sobre isso, não posso falar por mim.
Queria então saber dele. Não que o essencial eu já não saiba, mas queria saber dele no sentido "Como vai você" da coisa. Como se nada tivesse acontecido, mesmo não sendo os fatos qualquer coisa relevante.
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